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07/11/2015  -  Bahia
Pedro
 
Renata
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Nossos Pais

Dizer que eles são os responsáveis pelo que somos hoje e que faltam palavras para expressar o nosso amor é insuficiente. Para tentar transmitir aos nossos pais toda a nossa gratidão a Deus por ter nos colocado em nossas famílias, decidimos narrar alguns episódios cotidianos, apenas "exemplos práticos" de tudo o que eles significam para nós!

Para Rose:
Mãe, desde que me entendo por gente, você é um exemplo de super-mulher. Eu canso só de ver você trabalhar o dia todo e ainda cuidar da família, ir ao supermercado, passar na feira, levar Suki ao veterinário, buscar Luquinhas na pista de Skate, me levar pra casa de Peu lá longe, nos dar remédio e monitorar quando ficamos doentes, etc etc etc...
Saiba que eu agradeço por tudo e nunca vou esquecer das vezes em que acordou no meio da noite para limpar o xixi que fiz na cama, das bocas dos seus caranguejos que partiu inteirinhas e me deu, das vezes em que dormiu comigo quando eu assisti filme de terror e fiquei com medo... Obrigada por ter trabalhado tanto para, junto com meu pai, nos oferecer o melhor: escola, inglês, ballet, capoeira, natação, GRD, passeios, viagens... Obrigada por todas as vezes em que botou pasta de dente na minha escova antes de ir para a escola, pelas farofinhas de ovo com azeitona, pelas inúmeras vezes em que acordou de madrugada para me buscar nas festas na adolescência, pelos finais de semana em que fazia quibe, salada e batata frita!
Eu adoro as vezes em que penteia meu cabelo só pra fazer um carinho, adoro o fato de sempre aceitar me levar pra lá e pra cá, porque assim vamos conversando no carro, acho engraçado quando compra uma roupa nova e insiste para eu experimentar e já usar a primeira vez, demonstrando, nessas pequenas atitudes, que sempre estamos em primeiro lugar. Obrigada pelas músicas que cantava pra eu dormir, pela paciência e empolgação quando eu ia fazer testes de propagandas e desfiles, por catar as espinhas do meu peixe, por ter me ensinado a importância do dever de casa, sempre me ajudando a entender e fazer tudo perfeitinho, com dedicação e responsabilidade.
Obrigada por tentar agradar sempre!
Saiba que não vou esquecer de nada disso, assim como não vou esquecer dos gritos e reclamações! Hahaha! Te amo!
Para João:
Pai, como eu já te disse, quando íamos para a praia, o auge da diversão era quando você levantava da mesa para ir para o mar comigo. Só com você eu podia ir pro fundo, onde você fazia aquela zoada na água imitando um mostro e todo mundo em volta olhava admirado (e eu ficava toda orgulhosa!). Lá no fundo, você me deixava solta, só observando... Vinha uma onda super alta e, ao invés de me levantar, você me dizia para mergulhar por baixo. E eu ia, ué: se você estava ali, era impossível algo ruim acontecer.
A mesma segurança eu sentia quando você descia comigo para soltar fogos. Não precisava de mais ninguém para a minha diversão estar completa! Vulcão, chuvinha, apito gaiato, estrelinha... Era tão legal!
Obrigada por ter ido para as minhas apresentações da escola, de ballet, GRD, desfiles e o que mais eu inventasse!!! Obrigada por ter me ensinado a quebrar o caranguejo, abrir o amendoim do jeito certo e rápido, cortar o tomate sem amassar e tirar a casca do rabo do camarão deixando-o inteirinho. Obrigada pela mágica do dedo que me deixava impressionada.
Lembro que, quando eu era pequena, você queria dormir agarrado comigo e eu fugia, porque sua barba espetava! Eu queria ficar com minha mãe, que tinha a pele lisinha. Hahaha! Mas você me espremia mesmo sob os meus protestos! Lembro que, quando eu estava deixando de fazer xixi na cama, você acordava no meio da noite para me levar ao banheiro. Lembro de como me rodopiou na valsa dos 15 anos e na formatura e de quando me deu o diploma todo orgulhoso, com um sorriso que não cabia no rosto.
Não vou esquecer de como ficou "todo cheio" quando passei nos concursos, me deixando toda feliz por poder retribuir toda a alegria que você já me proporcionou, desde que eu, ainda no jardim de infância, cantava: "Quem é ele, quem é ele? Quero ver quem adivinha! O mais forte, mais bonito, meu herói de mentirinha! Lindão, ele é meu papaizão!". Obrigada por ter sido um pai presente, por me apoiar em cada decisão e por fazer de tudo para nos dar todas as oportunidades do mundo!
Para Ana Luísa:
São tantos os exemplos que eu não saberia bem por onde começar. Acredito, porém, que fico com o esforço diário, com o cuidado rotineiro, com todas as ações que, juntas, demonstram que a educação é mesmo dia após o outro.
As tentativas de me acordar cedo, as conferências da tarefa de casa, as conversas sobre os rumos do futuro. A disposição e a paciência para cuidar de tantas coisas ao mesmo tempo e de ainda assim cuidar tão bem de mim. "Precisa tomar mais suco, está comendo muito pouco, está muito gordo, está muito magro (!!!), você é exagerado, está viajando muito, dormindo muito tarde, não pára em casa". Dia após dia. Incansavelmente. Não, não é chato! E até sentirei falta disso, porque sei que por trás de todas essas frases está a melhor intenção do mundo.
Ela é quem ainda toma conta de três homens e ai de nós se ela não tomasse. Em dois dias, entraríamos em colapso e o mundo acabaria.
Sentirei falta desse cuidado como sinto do Mc Donalds de toda sexta (e do sundae vendo Globo Repórter), de andar de mãos dadas no shopping ("venha aqui pra não se perder"), das montagens das árvores de natal e dos presentes tãão esperados - e da entrega ameaçada após as tentativas de violação das embalagens!
Nada é mais bonito do que o orgulho que uma mãe sente pelo filho, acredito, mas aqui nada é tão grande quanto o orgulho que tenho dos meus pais!
Para Heitor:
Escrevi, no convite de formatura, que ele é meu herói. E é bem isso. Por um lado, nas coisas mais importantes, na simplicidade, somos bem parecidos. Em outras, simplesmente é impossível me igualar a ele. E, então, resta tê-lo como exemplo. De dedicação, comprometimento, excelência.
Mas, acima disso, exemplo de pai. Lembro-me bem de assistir as aulas que ele preparava numa máquina de slide; era uma diversão! De quando me acordava, nas férias, jogando água gelada: não parece legal, é verdade (hehehe), mas, sim, "vamos aproveitar o dia". De quando aparecia em casa com um bolo de figurinhas na mão e quando fingia tomar susto todo santo dia porque o filho dele achava que conseguiria assustá-lo todo santo dia.
Até hoje, adoro ver quando, em meio aos meus amigos, ele quer se enturmar, quer participar, e aí entra nas piadas, nas brincadeiras e até inventa de dançar hip hop. Os domingos de Ba X Vi na Fonte Nova eram os melhores dias e não seriam assim se não fosse por ele. Ali, a gente podia xingar (e comer doces), como se não houvesse amanhã. Mas, que bom que há. E que bom que estaremos juntos amanhã e sempre!
Hoje, claro, algumas preocupações são maiores. Mas, ele há de saber, no fundo não precisa se preocupar. Se tenho a formação que meus pais me deram, vou a qualquer lugar!
Então, queridos pais, depois dessa pequena homenagem, queremos dizer que, apesar de termos crescido e virado adultos de quase 30 anos (!!!), nunca deixaremos de ser seus filhos, aqueles mesmos bebêzinhos dos quais vocês cuidaram com tanto amor e dedicação.
A família que logo se iniciará não será outra família, mas sim um complemento das duas que já existem. Estaremos sempre juntos, porque vocês são simplesmente essenciais em nossas vidas!!!

Nossos Irmãos

Para Luquinhas:
Foi uma felicidade quando minha mãe disse que estava grávida, quando eu já tinha quase 14 anos! Sempre quis ter um irmãozinho e agora poderia realizar esse desejo!
Ainda na barriga, teve seu nome escolhido por mim! Quando nasceu, tão fofinho, eu brincava com ele, admirava suas peripécias e curtia cada descoberta, mas quase não ajudava a trocar fraldas, dar banho...
Peu conheceu Luquinhas quando ele tinha 2 aninhos, então também o considera um irmão mais novo, como sempre faz questão de frisar na hora das broncas!
Agora que eu cresci, tenho um senso de responsabilidade maior e faço questão de ajudar na sua educação! Eu e Peu conferimos sua atividade de casa, tiramos dúvidas, damos mil conselhos e castigo sempre que necessário! Hahaha...
Mas, principalmente, amamos fazer programinhas a três: cinema, kart, seriado em casa, Eddie Burger, Fifties e até viagens, como Natal e Disney!
Sua companhia é sempre motivo de boas risadas e algumas broncas (juro que com a melhor das intenções)! Adoro também quando ele deita na minha cama (ou na cama de baixo) e ficamos conversando até tarde sobre vários assuntos... Filosofando e refletindo...
Sempre carinhoso, nos enche de beijos, desde pequeno até hoje... Para a nossa felicidade!
Luquinhas, nós estamos casando, mas nunca vamos abrir mão de conviver com você de pertinho! Nossa casa sempre estará de portas abertas! Não vemos a hora de a gente ficar assistindo a mil filmes e seriados do Netflix no sofá!
Fico olhando suas fotos pequeno e sofrendo por o tempo ter passado tão rápido... Cadê aquela carinha de anjinho e aquela vozinha fofa? Hoje está mais alto que nós dois e com uma voz assustadora de adolescente! Hahaha... Te amamos do fundo do coração!
Para Dan:
Quando crianças, minha mãe conta, fomos forçadamente obrigados a dormir em quartos separados pois não parávamos de não fazer o que deveríamos fazer! Com ele em casa, a porta da varanda virava trave de futebol (e a bola era uma boia de piscina), a varanda toda se transformava numa quadra de vôlei e, claro, olha lá a boia de novo! O reforço escolar servia (também) para uma boa guerra de sandálias no térreo e um rápido gol a gol na quadra. Aprontamos bastante, brincamos, brigamos – e isso prova o quanto fomos normais!
Passamos um tempo um pouco afastados – talvez nos recuperando da época anterior e nos preparando para a seguinte – e, se lamentar fosse a minha filosofia, está aí um fato para se lamentar. Não fomos espertos o suficiente para notar que estávamos deixando algo precioso escapar e fomos bastante espertos para corrigir isso a tempo.
Ele em muitos aspectos é o meu oposto. Muitas das músicas que eu gosto, das festas que eu vou, das bebidas que eu tomo não entram na lista dele. Mas o que importa? Até posso aprender com as suas características diferentes das minhas.
E o que mais importa? Hoje, grande parte dos nossos amigos são comuns. Grande parte dos nossos programas são os mesmos – e até vizinhos seremos. Se ele começar a beber whisky, tudo estará perfeito! O dia do casamento é uma boa data para isso!
Para Manuela:
Essa é uma tarefa difícil. Pelo que aconteceu, claro. Mas, além disso, por como ela é uma pessoa ímpar. Temperamental, inteligente, responsável, corajosa. As broncas dela sempre tiveram um peso enorme; afinal, a mais velha dos três e a única irmã.
Representou um pouco de seriedade quando a nossa maior preocupação era o horário de parar de jogar bola. Salvou a dignidade dos homens da casa quando comprava os presentes de dia das mães, pais, aniversários, e por aí vai... Tarefa que hoje tento seguir, apesar dos tropeços.
Inventou o apelido mais legal de todos e que, de tão especial, só ela podia me chamar assim: eu sou o seu “Pipoca”.
A nossa vida nunca mais foi a mesma e nada no mundo será capaz de preencher um pouco do vazio que ela deixou, mas a escolha de ficar com as boas memórias, de absorver as boas características, de ainda, mesmo que em pensamento, cultivar o amor... tudo isso torna o caminho um pouco menos escuro.
Depois daquilo, seguimos todos. Seguimos todos diferentes, com uma dor que não vai passar. Mas, sim, seguimos. Seguimos todos separados e seguimos todos unidos. De todas as lições aprendidas, quem sabe a maior foi essa: a importância de seguir.
Essa festa também é para ela.
Do seu Pipoca.